segunda-feira, 14 de outubro de 2013





No Japão, as borboletas são vistas como as almas dos vivos e dos mortos. Elas são consideradas símbolos de alegria e longevidade.

Borboletas do amor






Contam que o Imperador Xuanzong, governante chinês do período Tang, conhecido no Japão como Imperador Genso, fazia com que as borboletas escolhessem seus amores.

As concubinas do Imperador eram escolhidas durante uma festa de vinhos, ao ar livre, onde lindas jovens eram convidadas para abrir as gaiolas que prendiam uma variedade de borboletas, e as jovens, em que estas borboletas pousassem, imediatamente ganhavam os direitos de concubina real.

A borboleta branca





Existe uma lenda japonesa, muito bonita e tocante, a respeito de borboleta branca, que muitos consideram como fato ocorrido em tempos antigos no Japão.

Conta à lenda que um ancião chamado Takahama vivia em uma casinha atrás do cemitério de Sozanji.  Ele era uma pessoa extremamente gentil e de modo geral, gostava de seus vizinhos, embora muitos deles o considerassem um tanto maluco.

Sua maluquice, ao que parece, provinha do fato de nunca ter casado e tão pouco demostrado desejo de relacionamento íntimo com uma mulher. No mais, o ancião era solícito com todos, “um ser de extrema bondade”, que levava uma vida simples e honesta.

Certo dia de verão, o ancião adoeceu gravemente e pediu para chamar a cunhada e o sobrinho, que tudo fizeram para ajudá-lo em seus últimos momentos.


Enquanto sua pequena família o assistia, Takahama adormeceu. Nem bem isso ocorreu, uma borboleta branca entrou no quarto e pousou em seu travesseiro. O jovem sobrinho tentou espantá-la com um leque, mas por três vezes ela voltou como se não quisesse deixar o enfermo ancião.

Por fim, o sobrinho de Takahama expulsou-a para o jardim, e do jardim para o cemitério onde posou sobre o túmulo de uma mulher por algum tempo, desaparecendo depois misteriosamente.


Ao se aproximar do túmulo, o jovem viu o nome “Akiko”, e uma inscrição constando que ela morrera aos dezoito anos de idade. Embora a sepultura estivesse coberta de musgo e sido construída há uns cinquenta anos, ele observou que ela estava rodeada de flores e que um pequeno vaso fora recentemente enchido de água.

Ao regressar, encontrou Takahama morto. Então resolveu contar a mãe o que vira no cemitério.


“Akiko”? Perguntou a mãe. “Escute, meu filho, quando seu tio era jovem, ele estava prometido para Akiko, que morreu de tuberculose pouco antes de se casarem. E quando ela deixou este mundo, seu tio decidiu morar perto de sua sepultura, fazendo votos de nunca mais se casar. Durante todos esses anos ele se manteve fiel a esse voto e guardou no coração a doce lembrança de seu único amor. Diariamente ele ia ao cemitério, rezava por ela, limpava a sepultura e depositava flores. Quando Takahama não pôde mais cumprir essa tarefa, Akiko veio busca-lo sob a forma daquela borboleta branca.”

Pouco antes de partir para a Terra da Primavera Amarela. Takahama murmurou:




    “Onde as flores dormem,

    Graças a Deus eu dormirei esta noite.

    Borboleta, venha me buscar!”



Lenda japonesa

sexta-feira, 11 de outubro de 2013





É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.


Cecília Meireles

sábado, 5 de outubro de 2013

Poem Of The Butterflies by Salar Aghili





Existe uma lenda Nativo Americana que diz: " Se tiveres um desejo secreto, captura uma borboleta e segreda-lhe o teu desejo. Uma vez que as borboletas não falam, o teu desejo secreto estará em segurança. Liberta a borboleta, e ela irá transportar o teu desejo até ao Grande Espírito ( só ele sabe ler os pensamentos das borboletas ). Por teres libertado a borboleta, estás a ajudar a restaurar o equilíbrio da natureza, e os teus desejos serão realizados certamente."



Existe uma pequena cidade no México (À duas horas da cidade do México, no Vale de Bravo )  que também associa as borboletas com as almas dos mortos. É para esta cidade que as Borboletas Monarca migram todos os anos, perto do feriado também conhecido como o Dia dos Mortos. Os residentes desta cidade vêem estas borboletas como o retornar das almas dos falecidos.



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Poema das Borboletas





As pessoas deste mundo são como três mariposas diante da chama de uma vela.
A primeira chegou perto da chama e disse:
- Eu sei o que é o amor!
A segunda, tocou levemente a chama com suas asas e disse:
- Eu sei como o amor pode queimar.
A terceira, atirou-se dentro da chama e foi consumida...
"E esta foi a única a saber o que é o verdadeiro amor"

Farid-Ud-Din Attar





 “Livre filho das montanhas, eu ia bem satisfeito, da camisa aberto o peito, – pés descalços, braços nus – correndo pelas campinas à roda das cachoeiras, atrás das asas ligeiras das borboletas azuis!" 

Casimiro de Abreu (1837-1860)

Papillon





Vole joli papillon
Vole papillon rouge
Vole papillon bleu
Vole papillon bleu et rouge
Butinez de fleur en fleur
Jolis papillons de toutes les couleurs