quarta-feira, 13 de maio de 2009
Espírito e borboleta
Coloridas e diurnas, as borboletas prenunciam acontecimentos alegres, ao contrário de suas irmãs mariposas, quase sempre negras e noturnas, que noticiam a infelicidade. No imaginário humano, porém, ambas estão relacionadas à alma.Na cultura greco-romana, assim como na egípcia, acreditava-se que a alma deixava o corpo em forma de borboleta. A palavra psique, em grego, quer dizer ao mesmo tempo espírito e borboleta. Nos afrescos de Pompéia, a psique é representada por uma criança com asas de borboleta.
Para a civilização asteca, ela era o sopro vital que saía pela boca do morto, além de estar associada a uma divindade (Itzpapalotl, cruzamento de uma mulher com uma borboleta). Esse simbolismo está relacionado à sua metamorfose, que, metaforicamente, expressa a saída do túmulo (casulo) para o renascimento. Essa associação de seu ciclo vital – a passagem do mundo dos mortos para o dos vivos-, também é utilizada na cultura oriental. No Japão, borboletas são espíritos viajantes; o seu surgimento anuncia uma visita ou a morte de um parente. Por outro lado, duas borboletas juntas querem dizer felicidade conjugal. No Vietnã, sua presença exprime longa vida, mas, nesse caso, é devido a uma coincidência fonética: duas palavras com pronúncia semelhante significam "borboleta" e "longevidade".
Alma
Em grego antigo Borboleta diz-se Psyché, ou seja, alma.
Por sair do casulo ao nascer, a borboleta é símbolo da alma imortal, representa auto-transformação, clareza mental, novas etapas e liberdade!
Para os chineses e japoneses, as borboletas junto às flores era sinônimo de felicidade. E duas borboletas juntas dão um belo casamento lindo e feliz.
A borboleta
Trazendo uma borboleta,
Volta Alfredo para casa.
Como é linda! é toda preta,
Com listas douradas na asa.
Tonta, nas mãos de criança,
Batendo as asas, num susto,
Quer fugir, porfia, cansa,
E treme, e respira a custo.
Contente, o menino grita:
"É a primeira que apanho,
Mamãe!vê como é bonita!
Que cores e que tamanho!
Como voava no mato!
Vou sem demora pregá-la
Por baixo do meu retrato,
Numa parede da sala."
Mas a mamãe, com carinho,
Lhe diz: "Que mal te fazia,
Meu filho, esse animazinho,
Que livre e alegre vivia?
Solta essa pobre coitada!
Larga-lhe as asas, Alfredo!
Vê como treme assustada...
Vê como treme de medo...
Para sem pena espetá-la
Numa parede, menino,
É necessário matá-la:
Queres ser um assassino?"
Pensa Alfredo... E, de repente,
Solta a borboleta... E ela
Abre as asas livremente,
E foge pela janela.
"Assim, meu filho! perdeste
A borboleta dourada,
Porém na estima crescente
De tua mãe adorada...
Que cada um cumpra a sorte
Das mãos de Deus recebida:
Pois só pode dar a Morte
Aquele que dá a Vida."
Olavo Bilac
Borboletas amarelas
Borboletas amarelas, clarinhas,
Entre as plantas do quintal
Vivem, voam em sua pequenez.
Amarelas, simples e belas, as borboletas.
Voam alto, voam baixo, rasteirinho
Beira chão, plantas verdes. Várias.
Borboletas livres, borboleteando no espaço
Seu vaivém de borboletices.
Lá em cima o azul do céu,
Sobre o quintal cheio de plantas
As borboletas amarelas voam.
Da janela, inferior que elas,
Mais que tudo neste mundo
Eu só queria-lhes a breve vida.
(Assim era eu há 20 anos)
Maurício Apolinário
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Dança das borboletas
Grande festa da primavera
Pequenos pedaços do arco-íris: borboletas
Delicadas e coloridas ,dançam
Extraindo o néctar das flores
Um minueto elegante e gracioso
Minueto de Boccherini
Dança de passos miúdos
Delicadas, encantadoras e efêmeras
luzes aladas voando de flor em flor
Papillon, butterfly,farfalla , borboleta.
By Nana Pereira
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