domingo, 12 de fevereiro de 2012



















Sempre teu lábio severo
Me chama de borboleta!
— Se eu deixo as rosas do prado
É só por ti — violeta!
Tu és formosa e modesta
As outras são tão vaidosas!
Embora vivas na sombra
Amo-te mais que do que às rosas.
A borboleta travessa
Vive de sol e de flores…
— Eu quero o sol de teus olhos,
O néctar dos teus amores
Cativo de teu perfume
Não mais serei borboleta;
— Dá-me o teu mel — violeta!

Casimiro de Abreu