segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Ofício



 
 
 
Naturezas de borboleta

forjam casulos em silêncio.

Em segredo, universos tramam

O absoluto florescimento.

Tanta beleza em surdina

que já não se conta o tempo.

O ferreiro tece o concreto

em diurno alheamento.

Também meu ofício de arte

por estas vias se encorpa.

Tanta mobilidade, tantas formas

me saíram do bolso

assim como do nada

no mais desprovido silêncio.

Fernando Campanella

Nenhum comentário:

Postar um comentário